quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O folclore brasileiro de Maurício de Sousa

Curupira
A Mauricio de Sousa Produções está lançando a série Turma da Mônica - Brincando de Folclore. Trata-se de uma série de livros pop-up (aqueles em que as imagens em dobradura levantam da página quando o livro é aberto) que contam as histórias de algumas das lendas do folclore brasileiro sempre com participação da Turma da Mônica.

A série é quinzenal até a edição 11 e será semanal a partir daí, contando com 50 volumes, cada um dedicado a uma lenda diferente:
Saci | Curupira | Boto rosa | Iara | Mula sem Cabeça | Boitatá | Lobisomem | Negrinho do Pastoreio | Vitória Régia | Cuca | Cabra Cabriola | João de Barro | Cobra Honorato | A loira do banheiro | Uirapuru | Gralha-azul | Onça-boi | Lua | Pirarucu | Pai do mato | Onça maneta | Negro D'Água | Jericoacara | Mandioca | Jurutaí | Diamante | Erva Mate | Bicho Homem | Mapinguari | O milho | Iemanjá | Bumba meu boi | Chorô do Ipê | Santo Antônio casamenteiro | São João | Origem das frutas | Peixe eletrônico | Vagalume | Mãe D'Ouro | Por que os galos cantam? | Vaqueiro misterioso | Japim mágico | e outras!
A coleção também conta com livros de atividades e adesivos, que permitirão que as crianças fixem as histórias em suas mentes através de atividades divertidas. O projeto conta com a supervisão de uma pedagoga para garantir a qualidade do material em relação ao seu conteúdo.

Lançada pela Planeta DeAgostini, a série tem preço de lançamento de R$4,99. A partir da segunda edição, vai para R$9,99.

Gente... que barato! Tem coisa aí que nunca ouvi falar! E no traço do Maurício de Sousa!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Hidromel

O hidromel é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água (usualmente, na proporção 1 para 2). Alguns apontam sua origem há 8 mil anos, na Pérsia e na Índia. Portanto, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja, podendo ser considerada a primeira bebida fermentada na História. As culturas antigas consumidoras desta bebida foram os gregos, romanos, celtas, saxões e os vikings, cuja mitologia a colocava como néctar divino. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias. Os povos de língua inglesa chamam o hidromel de mead, palavra de raiz grega, a mesma do sânscrito methus. Mulso é outra palavra para hidromel e para uma mistura de vinho com mel.

Mas é na mitologia dos povos escandinavos que se encontra grande parte de suas lendas. Após a guerra entre os dois panteões divinos, os Aesires e os Vanires, eles cuspiram em um jarro para determinar a trégua. Dele, surgiu Kvasir, o gigante da sabedoria. Kvasir viajava pelos nove mundos disseminando a paz e o conhecimento. Até chegar em Nidavellir, o reino dos anões, onde foi assassinado pelos irmãos Fjalar e Galar, que misturaram o sangue do gigante à uma bebida fermentada. Assim, quem bebesse desse líquido – chamado de Hidromel da Poesia – adquiria enorme conhecimento.

Um dia, os gigantes invadiram o reino dos anões e levaram odrörir (o recipiente da bebida mágica) para a morada de Suttung, o poderoso gigante das montanhas. Para recuperá-la, Odin disfarçou-se do gigante Bolverk, seduziu a giganta Gunnlud que protegia o recipiente e conseguiu roubar o hidromel. Como uma águia, levou a bebida em seu bico para Asgard. Já sendo o todo-poderoso, Odin acabou ganhando poderes proféticos. Depois, a bebida ficou sob a responsabilidade de Bragi, deus da poesia e provável filho de Gunnlud com Odin.

O epíteto de "bebida divina" não era exclusiva dos escandinavos. Na mitologia grega, Ganimedes era o copeiro do Olimpo que servia aos deuses com hidromel e ambrosia.

Acredita-se em uma tradição que os recém-casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho varão. Daí teria surgido a lua de mel.

"Thor", um single malte de 16 anos que foi fabricado pela Highland Park com um case de madeira que lembrava um barco viking e o martelo de Thor estampado na garrafa. Custava U$245.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O oitavo anão


O cão Pluto, personagem criado por Walt Disney em 1930, tem o mesmo nome que o planeta Plutão (em inglês, Pluto) o que não é mera coincidência: o personagem foi assim batizado em homenagem àquele corpo celeste, que por sua vez recebeu o nome romano do deus do submundo por ser escuro e gelado.

Como a União Astronômica Internacional rebaixouo astro à categoria de planeta anão, a Walt Disney Co. divulgou um comunicado bem-humorado em que os Sete Anões se solidarizam com o cachorro do Mickey Mouse. Fazendo trocadilhos com os nomes dos personagens, um trecho da carta aberta ao público diz:
Embora a gente esteja pensando que é coisa do Dunga, o rebaixamento de Plutão - uma decisão que algum Zangado tomou e que outros tiraram uma Soneca a respeito - não é Dengoso dizer que nos deixa Feliz o fato do Pluto da Disney se unir a nós como o oitavo anão.
Bonecos do famoso cachorro de cor laranja foram vistos em demasia nos muitos protestos que aconteceram em algumas partes do mundo, antes e depois da "polêmica" decisão dos astrônomos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

In loco

Pirâmide de Kukulcán em Chichen Itzá
No início deste mês, a cidade do Rio de Janeiro foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, título que a cidade maia de Chichén Itzá possui desde 1988. Localizada na Península de Iucatán, no México, estima-se que ela tenha sido fundada entre 435 e 455 a.C.

Ano passado, por ocasião dos 100 anos de Machu Picchu, estive na belíssima cidade inca que, junto com Chichén Itzá, são duas das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Este ano, com tanto papo sobre a cultura maia por causa das errôneas previsões do fim do mundo, é pra lá que eu vou! Por isso, este blog andou focando bastante na mitologia maia!

Aguardem um pouco que voltarei com histórias e fotos de mais um local mágico! Dêem uma olhada no que tem por aqui sobre o assunto que eu volto já!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Camazotz

Camazotz ("morcego mortal") era o Deus dos morcegos, um vampiro com dentes afiados, asas, garras e nariz de folha. Monstros-morcego (vampiros) eram chamados pelo mesmo nome e enfrentaram os irmãos gêmeos no Xibalba. O deus em si arrancou a cabeça de Hunahpu e a fez de bola para o jogo de pelota.

Também chamado de Cama-Zots e Zotz, pensa-se que seu mito foi inspirado num morcego hematófago (Desmodus rotundus) que vivia no México e na Guatemala, hoje extinto. Era associado à noite e à sacrifícios e vivia na sua caverna no Xibalba, chamada Zotzilaha.