quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Boto

boto cor de rosa

Muita gente conta que viu. Algumas mulheres dizem até que dançaram com ele. A verdade é que todas suspiram quando falam seu nome. É o Boto, o mito encantador que adora a noite e as festas à beira dos rios da Amazônia. Durante o dia, é um mamífero aquático. Às primeiras horas da noite, ele sai da água e se transforma em um rapaz forte e bonito, vestido de branco e um chapéu que nunca tira para não mostrar o orifício por onde respira, no alto da cabeça.

Em seguida, o Boto parte para conquistar o coração de alguma mulher. Não é difícil: ele é simpático, grande dançarino, muito alegre e brincalhão. Tem uma conversa boa que rola como o próprio rio. Depois de dançar e se divertir muito, o Boto vai namorar na beira do rio. Quando chega a madrugada, ele se despede da companheira, pula na água e volta ser um animal. Com muitas dessas namoradas ele tem filhos, mas nunca se interessou por eles. Só quer saber de continuar indo a festas, dançando e conquistando outros corações pelas noites da Amazônia.

Para quem quer conquistar o coração de alguém, nada melhor que um amuleto da sorte feito de olho de Boto seco e preparado por um pajé de alguma tribo amazônica.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Mula sem Cabeça

Lenda com raízes no Brasil colonial, a Mula sem Cabeça é a concubina do padre, que para purgar seu pecado transforma-se em animal na noite de quinta para sexta. Lança chispas de fogo e assombra com seu galope violento e seus relinchos sobrenaturais.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Modjadji

Rainha da chuva dos Lovedu de Transvaal, na África do Sul, Modjadji também conhecida como Mujaji. É chamada em tempos de seca, quando ela usa encantos secretos e a ajuda de espíritos antepassados para fazer chuva e manter a terra saudável.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ku

A divindade havaiana responsável pela terra e pela guerra era Ku (Tu, na Polinésia). Incentivava a inveja e as brigas entre os humanos, sempre com uma expressão feroz, mas também ajudou a fazer a terra e o primeiro humano, junto com o deus criador Kane (Tane) e seu pacífico colega - e oposto deus da paz - Lono. Era adorado durante oito meses do ano, quando Lono se ausentava do mundo.

sábado, 15 de agosto de 2015

Hadad

O deus trovão Hadad, cujo nome significa "aquele que quebra", foi o deus mais importante da Síria. De sua morada, no alto de uma montanha, fazia soar o vozeirão pelos céus, e seus raios podiam levar morte e destruição ao povo. Foi identificado com Baal, o deus da tempestade dos cananeus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Centaura

A exposição Ficções - que está na Caixa Cultural do Rio de Janeiro até 6 de setembro - reúne mais de 40 obras de 33 artistas contemporâneos brasileiros. Dentre elas, está Centaura, de Daniel Lannes, uma visão - digamos - romântica de um centauro fêmea.

Óleo sobre linho, 2014.

Veja mais da exposição AQUI.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ibofanga

O deus supremo da tribo Creek. Seu nome significa “aquele que está acima”. Ele também é conhecido como o deus-sol Hisakitaimisi, que significa “mestre da vida”.

domingo, 9 de agosto de 2015

Ixtab

Ixtab, deusa maia guardiã dos suicidas, presidia o Paraíso dos Abençoados. Reunia todos os que tinham se suicidado por enforcamento e enviava seus espíritos diretamente para o paraíso. Lá, juntamente com os soldados que haviam morrido nos campos de batalha ou como vítimas de sacrifícios, as mulheres que pereceram durante o parto e membros do sacerdócio, eles levavam uma vida de prazeres, premiados com comidas e bebidas deliciosas e repousando sob a sombra de uma árvore agradável (Iaxche), livres de todos os desejos.

A aparência de Ixtab indica sua função: ela é retratada como uma mulher enforcada, pendurada no céu, com uma corda ao redor do pescoço. Seus olhos fechados e as bochechas mostram os primeiros sinais de decomposição.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Ganga

Ganga é a deusa protetora do sagrado Rio Ganges e, em épocas diferentes, esposa de três dos maiores deuses da mitologia hindu: Vishnu, Agni e Shiva. Esta deusa do rio nasceu do dedão do pé de Vishnu e correu pelos céus. Entretanto, houve uma terrível seca. Homens e mulheres buscavam desesperados algum tipo de umidade, e obviamente a única maneira de trazer de volta às águas à terra seca era trazer a deusa – personificação do Ganges – para a terra. Mas o rio sagrado era tão grande que sua descida provocaria enchentes e devastação. Para evitar esse desastre, Shiva permitiu que suas águas fluíssem através de seis afluentes a partir de seus cabelos presos, até que a força líquida fosse domada e então liberada para a deusa continuar sua descida.

Ganga pode ter dois ou quatro braços, é branca e em geral é representada montando um peixe. Carrega um pote de água e uma flor de lótus.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Hapi

Hapi era o deus das enchentes do rio Nilo. Vivia numa caverna, perto da catarata do rio. Era sua tarefa manter as duas margens do rio sempre férteis, e fazia isso espalhando sementes na água, quando ela fluía para a terra. Era retratado com grandes seios pendentes e ma barriga pronunciada, ambos símbolos de fertilidade. Na cabeça, usava enfeites feitos de plantas aquáticas.