quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Brighid

O nome da deusa celta da poesia, sabedoria e conhecimento dos mistérios da magia, Brighid (Brígida), significa rainha”, “poderosa” e “exaltada”. Essa poderosa divindade – cujo pai era o supremo Dagda – também estava associada à fertilidade e, sobretudo, ao dom de facilitar os partos. É possível que essa quantidade de associações seja pelo fato de ter duas irmãs homônimas, sendo uma a deusa da cura e a outra da metalurgia.

Brighid teve dois maridos: Bres, o belo e tirânico filho do rei dos Fomore (espíritos do mal que viviam sob o mar), e Tuirean, de quem teve três filhos. A cada primavera, ela depunha a azulada deusa do inverno. Suas viagens pela Irlanda, obtidas como recompensa por ter liquidado o pai de Lug, o deus de todas as artes, comparam-se às viagens de Jasão pela Grécia em busca do velocino de ouro.

Brighid era famosa por sua bondade e generosidade. Santa Brígida de Kildare - que viveu no século V e doou todas as propriedades da família aos pobres levando o pai à loucura - herdou muitas das tradições associadas a sua antecessora pagã: era invocada durante os partos, e o dia de seu festival, 1º de fevereiro, é o mesmo dia do antigo festival da primavera ou imbolc, que celebrava as ovelhas que começavam a dar leite, sagradas para a deusa celta.

domingo, 25 de setembro de 2016

Hinon

Espírito do trovão dos senecas, Hinon vive numa caverna sob as cataratas do Niágara. É conhecido por cuidar das pessoas atacadas por répteis. Um dia uma moça, desesperada porque uma cobra invadira-lhe o corpo e matara seu marido, jogou-se nas cataratas, numa canoa. Hinon salvou-a e tirou a cobra de dentro dela. Ela ficou com Hinon por algum tempo, e voltou para o seu povo.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Leza

Chefe dos deuses no Zimbábue, deus superior em Zâmbia e deus do céu em Angola, Leza é, acima de tudo, o deus propiciador da chuva, que diziam ser suas lágrimas. Mas, apesar de sua benignidade, os homens o temiam. Nuvens espessas era um sinal de que a ira do deus estava prestes a explodir: controlava os relâmpagos e arrotava trovões.

Segundo uma lenda, Leza pegou todos os animais e deu-lhes rabos para afugentar as moscas. Como o coelho e o musaranho chegaram atrasados, ficaram sem caudas. Outro conto fala que Leza levou um pássaro para o céu e deu-lhe três abóboras para que as entregasse aos primeiros homens na terra. Duas delas continham sementes, mas a terceira não deveria ser aberta até que o próprio deus descesse à terra para dar instruções acerca de seu conteúdo. Incapaz de controlar sua curiosidade, o pássaro abriu a terceira abóbora enquanto descia para a terra e, ao fazê-lo, despejou todo o seu conteúdo: animais ferozes, cobras venenosas, doenças, perigos e morte, deixando que tudo caísse sobre a terra.

Uma história dos povos de Tonga que ele decidiu pela morte de uma família inteira de uma jovem mulher. A infeliz construiu manualmente uma escada que a levou ao céu para perguntar ao deus o porquê de tanta aflição. No entanto, não conseguiu encontrar a estrada que conduzia a Leza, mas obteve a informação que a humanidade foi destinada ao sofrimento, e que ela não era nenhuma exceção.

Leza viveu entre os homens sob uma grande árvore e era visitado por seus devotos, que lhe traziam cabras e ovelhas para que se alimentasse. Um dia, disse a um devoto que acabara de lhe trazer quatro cabras para voltar à aldeia e anunciar sua chegada. Os aldeões se reuniram e viram a aproximação de uma grande nuvem de poeira, seguida de um furacão e de chuva torrencial. Então, Leza chegou e disse: “De hoje em diante vocês devem honrar a minha casa. Quanto a mim, nunca mais me verão”. E desapareceu para sempre. Quando estrela cadentes são vistas, o povo diz que Leza veio dar uma olhada na terra para ver como estão seus filhos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Papa-Capim

Papa-Capim é o simpático curumim criado por Maurício de Souza em setembro de 1963. Inspirado pelos nativos pataxós, que habitam o sul da Bahia, sua primeira aparição foi numa tira vertical publicada na Folha de São Paulo. O nome do personagem é uma homenagem ao papa-capim-capuchinho, uma ave sulamericana.

O famoso curumim e a ave homenageada.

Em 2016 saiu uma graphic novel do personagem. Nela o personagem é redesenhado junto com sua aldeia, seus amigos, sua tribo e a floresta. Sai a comédia e entra o terror! A cultura e a mitologia "indígena" brasileira foram estudadas, tanto que Cobra Honorato tem participação importante. Vale a pena conferir e ainda ler um pedacinho da quarta parte do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias:
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Pelúcia!

Ser uma criança na Disney e na Universal e gostar da mitologia é garantia de inúmeros bichos de pelúcia na mala...

Unicórnios!
Grifos!
Dragões variados!
Fênix!
Cérbero! (Na verdade, o Fluffy, do primeiro livro do Harry Potter)
Yetis!

Sou adulto e tive (muita) dificuldade de resistir.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Os deuses do Olimpo visitam o Rio

Produção bacana... que faz a gente até se orgulhar.


Temos uma comunidade artística maravilhosa que realmente tem condições de representar um panteão:

  • APOLO - Rodrigo Santoro
  • POSEIDON - Hélio de la Peña
  • HERMES - Rene Silva
  • DIONÍSIO - Ernesto Neto
  • AFRODITE - Carolina Dieckmann
  • HERA - Fernanda Montenegro
  • ATENA - Nélida Piñon
  • HÉRCULES - Roque Luis dos Santos Ferreira
  • ARTEMIS - Regina Casé
  • ARES e HEFESTO - Nelson Sargento e Adílio
  • ZEUS - Martinho da Vila

E que venham os Jogos!
Se quiser saber um pouco mais sobre os Olimpianos, os deuses do Olimpo, clique AQUI.

sábado, 25 de junho de 2016

Heróis do Olimpo - A marca de Atena

O terceiro livro da saga Os herois do Olimpo - A marca de Atena - começa a ficar confusa e tediosa... São muitos personagens com dois ou três capítulos cada, as histórias se misturam e se separam o tempo todo. O autor precisa se tornar repetitivo, ou seja, ficar constantemente relembrando fatos, descrevendo situações e, consequentemente, se alongando. Enquanto no segundo livro ficamos intrigados com os novos personagens, neste já ficamos de saco cheio.

E a história também não ajuda... como tenho dito, a mesmice impera. Nem os novos perigos e versões romanas de deuses animam muito. Nem a missão, nem os objetivos finais. Sabe aquele filme que não termina porque deixa um monte de ponta solta pro próximo e você sai do cinema meio enganado? É tipo isso.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Na dança

Apresento a vocês duas belas coreografias de balé relacionadas com a mitologia grega:

Afternoon of a Faun

Apollon Musagetes

Curtam!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Ammut

A deusa Ammut ficava ao lado da balança, quando o coração dos mortos era pesado, na entrada do outro mundo. Se o morto tivesse levado uma vida má e não estivesse em condições de sobreviver no outro mundo, ela comia seu coração; daí vinha seu título, Devoradora dos Mortos. Sua forma incorporava três dos animais mais temidos do antigo Egito: cabeça de crocodilo, corpo de leão e quarto traseiro de hipopótamo.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Manu

O primeiro homem, Manu era filho de Brahma e Sarasvati. Na forma de um peixe, Brahma disse a Manu que o mundo seria destruído por um dilúvio e que ele deveria construir um barco e pôr dentro dele as sementes de todos os seres vivos. Quando as águas subiram, tudo ficou submerso e o barco de Manu encalhou no Himalaia. Por fim, as águas baixaram. Manu fez oferendas que se transformaram numa bela mulher, Parsu. Ela e Manu tornaram-se os pais da raça humana.